A lotação dos últimos dois dias da Bienal do Livro de São Paulo, no fim de semana que passou, fez com que algumas editoras pela primeira vez vendessem mais livros do que na versão carioca do evento, tradicionalmente líder nesse quesito, ou pelo menos chegassem perto. Até a quinta-feira anterior ao encerramento, muitas acreditavam que fechariam esta edição com vendas menores inclusive que as da Bienal paulistana de 2010.
O público desta última Bienal (estimativa de 750 mil) foi quase igual ao de 2010 (743 mil), então a resposta para as vendas maiores não poderia estar na quantidade de pessoas que passaram pelo Anhembi. Além disso, o mercado editorial cresceu mais em 2010 do que deve crescer neste ano, caso em que faria mais sentido as vendas caírem.
Resolvi questionar as próprias editoras sobre por que elas acreditam ter vendido mais nesta edição. Meu palpite estava no post abaixo: a maior abundância de descontos. Para quem vai a um evento dessas proporções, livro bom é livro barato. Será o destino da Bienal se tornar a tão temida (pelo mercado) e amada (pelo público) “feira de liquidações”?
Pelas respostas a seguir, além dos descontos, o desempenho do segmento juvenil foi decisivo–é um público forte na Bienal. Vale notar a gritante diferença entre o número de exemplares do livro mais vendido de editoras que apostam no juvenil e o das que não atendem especificamente a esse público.