quarta-feira, 14 de novembro de 2012

X Bienal Internacional do Livro do Ceará promove Palestra com o Mestre da Literatura Cearense Sânzio Azevedo




Prestes a completar 75 anos, Rafael Sânzio de Azevedo, um dos maiores literários cearenses, doutor em literatura cuja tese teve como tema a “Padaria Espiritual”, divulgou sua nova obra “O Modernismo na Poesia Cearense: Primeiros Tempos” e bateu um papo com o público presente na noite desta terça-feira (13) no Centro de Eventos do Ceará. Receptivo, acessível e simpático, Sânzio compartilhou os motivos que os levaram a escrever seu novo livro, é preenchido de histórias pessoais da vida profissional do autor mescladas à história do modernismo cearense e citações de amigos jornalistas e escritores, como o fundador do jornal O Povo, Demócrito Rocha. Sânzio, que também foi professor, compartilhou algo que ele dizia aos seus alunos que desejavam serem seus orientandos: “Eu só falo de escritores mortos, de vivos, eu não falo!” Sânzio falou do surgimento do Modernismo cearense, seu nascimento, como se desenvolveu, englobando a história da própria literatura do Ceará e seus pioneiros.


Sânzio declarou também a importância de algo que sempre fez: ler as obras literárias de outros estados do país, contando que na biblioteca em sua casa constam livros de autores de Santa Catarina, Maranhão, entre outros. Conhecer a história da literatura de outros lugares, não só do Ceará, é necessário para ele. Seu pai, poeta e pintor Otacílio de Azevedo, foi quem teve a maior influência em sua vida para iniciar o estudo da literatura, e trabalhou inicialmente como desenhista de rótulos de aguardente.
 
O mestre da literatura cearense foi revisor do jornal O Estado de S. Paulo, cursou Letras na Universidade Federal do Ceará (UFC), tornando-se professor do curso de Letras da mesma instituição. Seu doutorado foi efetuado na UFRJ tendo como orientador Afrânio Coutinho. Sua tese versava sobre a Padaria Espiritual e o Simbolismo no Ceará. Desde 1973 é membro da cadeira número 1 da Academia Cearense de Letras cujo patrono é Adolfo Caminha. Desempenha um papel preponderante como pesquisador, especialmente no que diz respeito às letras do Ceará, sendo referência no assunto. Fez mais de vinte livros, a maioria composta de ensaios. Alguns trabalhos foram publicados na Colóquio/Letras de Lisboa e na Revista Brasileira da ABL. É autor da antologia Parnasianismo, 2006, da editora Global. Também editou Alberto de Oliveira na série Melhores poemas.
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...